Grande Prêmio da Inglaterra, 2024: Lewis Hamilton conquista 104ª vitória e se torna o rei das pistas britânicas
O Grande Prêmio da Inglaterra, realizado no Circuito de Silverstone, no Reino Unido, marcou a décima segunda etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1 de uma forma especial. O britânico Lewis Hamilton, um dos maiores nomes do automobilismo, conquistou mais uma vitória em casa, ultrapassando seu próprio recorde de maior número de vitórias em um mesmo Grande Prêmio, com 9 conquistas.
Hamilton, que ficou 945 dias sem subir ao pódio, recebeu o título de “rei de Silverstone” após essa impressionante vitória.
O clima variável na Inglaterra ao longo do fim de semana trouxe desafios para os pilotos durante os treinos livres e a corrida disputada no domingo.
Na sexta-feira, durante o TL1 (primeiro treino livre), tivemos novidades com pilotos de teste complementando o grid. Jack Hadjar (RBR), Franco Colapinto (Williams), Jack Doohan (Alpine) e Ollie Bearman (Haas) participaram da sessão, com Bearman fazendo sua primeira aparição oficial como piloto da equipe em 2025, após assinar um contrato de vários anos.
Reproduções da Haas
No segundo treino livre, fomos surpreendidos pela chuva, finalizando a sessão mais cedo do que o esperado. A equipe McLaren se destacou nos dois dias, com Norris e Piastri liderando e registrando ótimos tempos. No sábado, o cenário estava acirrado, com bandeira vermelha e alta porcentagem de umidade e chuva.
Antes da sessão de qualificação, Pierre Gasly enfrentou dificuldades, tendo um fim de semana complicado nos treinos anteriores. Ele recebeu uma penalidade de 50 posições por exceder o limite de trocas de peças na unidade de potência, uma penalidade que também afetou Sergio Pérez, ambos largaram do pit lane no Grande Prêmio.
Na qualificação, Sérgio Pérez ficou atolado na brita, causando uma bandeira vermelha logo no início do Q1. Ao final do Q3, o grid de largada ficou assim: George Russell conquistou a pole position, seguido por Lewis Hamilton (Mercedes). Lando Norris (McLaren) em terceiro, enquanto o atual campeão mundial Max Verstappen (Red Bull) ficou em quarto. Sinais do que se tornariam uma corrida emocionante.
Reprodução F1
Com a dinastia britânica marcando presença em todas as partes do Grande Prêmio, ao lado da chuva, sabíamos que estávamos prestes a testemunhar uma disputa memorável.
Logo na primeira volta, a Alpine de Pierre Gasly enfrentou problemas, o piloto não conseguiu completar nenhuma volta, abandonando a prova instantaneamente ao retornar aos boxes.
George Russell aproveitou a oportunidade e liderou ao lado de Lewis Hamilton, enquanto Lando Norris cometia erros, permitindo que Max Verstappen ocupasse a terceira posição. O clima instável ao qual citei anteriormente, trouxe mais alertas de chuva, e tanto Verstappen quanto Alex Albon receberam multas da FIA por ultrapassar o limite de velocidade próximo ao pit lane. Enquanto isso, Charles Leclerc ultrapassou Lance Stroll, ficando ao lado de seu companheiro de equipe, Carlos Sainz.
Na volta 14/52, Lando Norris fez uma manobra incrível afim de ultrapassar Verstappen, conquistando a melhor volta da corrida até aquele momento. Oscar Piastri estava logo atrás de Verstappen, esperando uma oportunidade para também ultrapassá-lo com o auxílio do DRS.
Mais adiante, Lewis Hamilton assumiu a liderança, ultrapassando George Russell na chuva. As entradas nos boxes para as trocas de pneus adequadas às condições da pista, resultaram em uma batalha constante entre McLaren e Mercedes, ambas equipes com pilotos britânicos ansiosos por uma vitória em casa. Infelizmente, na volta 34/52, George Russell, o pole position e vencedor anterior do GP da Áustria, teve que abandonar a disputa devido a problemas no sistema de água. Pouca coisa mudaria na classificação do grid até o final da corrida.
Enquanto Verstappen optava por pneus duros após o término da chuva, Hamilton permaneceu com os pneus macios. A estratégia de pits da McLaren favoreceu ainda mais as escolhas de Hamilton, garantindo sua vitória e deixando a briga pelas posições para Max Verstappen e Lando Norris.
Após cruzar a linha de chegada, foi emocionante ver o semblante de Hamilton, que, mesmo sem querer, acabou em lágrimas diante de tamanha emoção. Uma corrida verdadeiramente memorável para os fãs da Mercedes (incluindo eu por ser a minha primeira vez comentando a vitória do meu favorito) mas também para todos que acompanham a Fórmula 1.
| @fastdownforcef1 | texto de Letcia Rushman |
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